Santuário de Nossa Senhora da Nazaré
 
Património Associado
 
Teatro Chaby Pinheiro

Situado perto do Santuário de N.ª Sra. da Nazaré, na parte posterior do mesmo, é um teatro romântico tipo italiano, do início do século XX. O autor do projecto foi o arquiteto Ernesto Korrodi, em 1908.

O Teatro foi inaugurado, com pompa e circunstância, a 5 de Fevereiro de 1926, na presença do famoso ator Chaby Pinheiro, a quem deve o nome.

Os frescos e as pinturas da tela da boca de cena são do pintor português Frederico Aires, e estão classificadas pelo IPPAR. O teatro dispõe de 410 lugares sentados distribuídos por 3 andares.

Para além da apresentação de peças de teatro, este é também utilizado para concertos musicais e outras atividades. O Salão Nobre recebe, com alguma frequência, exposições temporárias e outros eventos.

Restaurado em 1976 e novamente em 1993, está equipado com todos os meios que lhe permitem um bom funcionamento.

O Teatro Chaby Pinheiro está a cargo da Confraria Nossa Senhora da Nazaré e é considerado um Valor Concelhio desde 1992.
 

Coreto
 
No Largo de N.ª Sra. da Nazaré, em frente do Santuário, foi erguido em 1897, pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré. Este singelo coreto, de base octogonal e coberto por um coruchéu, de ângulos quebrados, assente em colunas, é um bom exemplar deste género de arquitetura civil e em ferro do distrito.
 

Padrão Vasco da Gama

Em 1939, foi colocado no Sítio, perto do Bico e da Ermida da Memória, um Padrão comemorativo da vinda do Almirante Vasco da Gama à Nazaré.

De acordo com a tradição o bravo navegador, antes de embarcar à descoberta do caminho marítimo para a Índia, veio como peregrino à Senhora da Nazaré. Aqui, invocou a Sua protecção e trocou a grossa corrente de ouro que trazia, pelo colar de contas da Virgem. Dizem que à passagem do Cabo das Tormentas se levantou um grande temporal pondo em perigo barcos e homens, então o Almirante atirou o colar da Senhora às águas, que logo se acalmaram.

Após o regresso a Portugal, veio novamente D. Vasco da Gama ao Sítio da Nazaré, como romeiro, agradecer à Virgem as graças recebidas, oferecendo-lhe um precioso manto.
 

Forte de São Miguel Arcanjo

No extremo do Promontório do Sítio mandou D. Sebastião construir, em 1577, a Fortaleza de S. Miguel destinada a defender a enseada dos ataques dos piratas argelinos, marroquinos e normandos.

Filipe II, cerca de 1600, mandou reconstruir a primeira fortaleza de acordo com a planta do arquiteto florentino João Vicente Casale.

Após a restauração da monarquia, D. João IV ordenou a sua remodelação e ampliação, dando-lhe o traçado que ainda hoje conserva.

É um notável monumento militar maneirista, caraterístico da defesa da costa, com planta longitudinal irregular adaptada ao promontório sobre o qual assenta. Possui um baluarte em cada ângulo, grossas muralhas diversas vezes restauradas, com contrafortes, ameias e frestas, dispondo de uma original Praça de Armas no 2.º piso. Por cima da porta de entrada, sob um lintel, uma imagem em baixo-relevo de S. Miguel Arcanjo e a legenda “El-Rey Dom Joam o Quarto – 1644”.

Durante a 1.ª Invasão Francesa (Junot – 1807/1808) esteve ocupado por soldados de Napoleão I, que a população do Sítio e da Pederneira ajudou a expulsar, tornando-se assim num símbolo da resistência popular.

Desde 1903 está aqui instalado um Farolim de auxílio à navegação que, atualmente, tem um alcance luminoso de 15 milhas.
 

Praça de Touros da Nazaré

No Sítio da Nazaré, quase à entrada de quem chega vindo da Praia.

A tradição das Touradas na Nazaré data pelo menos do século XVIII, sempre associada aos festejos de N.ª Sra. da Nazaré, dos quais eram um dos pontos mais altos. Não possuindo uma praça de pedra e cal, cada ano, eram construídas arenas improvisadas no local das Festas, no Terreiro, perto do Santuário.

A Praça que hoje se conhece foi edificada em 1891, depois de um violento incêndio ter destruído a anterior. A pedido da Real Casa de N.ª Sra. da Nazaré, o Ministério das Obras Públicas encomendou ao arquitecto Francisco da Silva Castro o projeto da atual Praça, que foi inaugurada em 1897.

De estilo neoárabe e planta poligonal de 2 pisos, sendo o segundo piso de planta circular, a Praça possui bancadas em ambos os níveis, tendo alguns camarotes no piso superior. Tem lotação para cerca de 5000 espetadores.

Anualmente a Praça de Touros da Nazaré, pertença da Confraria de N.ª Sra. da Nazaré, recebe, durante os meses de Verão, os mais conceituados cavaleiros do país em corridas de grande prestígio. A Praça é, por vezes, utilizada para a realização de outros eventos culturais.