A Região Oeste apresentou nas últimas duas décadas um crescimento populacional superior ao da Região de Lisboa e Vale do Tejo, e ao do país. Este crescimento tem como consequência directa o aumento da mobilidade, que se tem baseado de forma geral, na utilização mais intensiva do transporte individual em detrimento do transporte colectivo.
Sendo as acessibilidades e mobilidade inter e intra regionais factores potenciadores da qualidade de vida e do desenvolvimento económico das Regiões, e verificando-se no Oeste a necessidade de definição de uma estrutura de vias rodoviárias regionais e de dimensionamento dos interfaces de estacionamento, bem como a articulação dos meios de transporte públicos existentes, que não permitem uma utilização racional dos meios existentes, originando uma carga poluente numa região que pretende ser ecologicamente equilibrada, a Associação de Municípios do Oeste promoveu a elaboração do estudo “Acessibilidades, Mobilidade e Transportes na Região Oeste”.
O seu objectivo é encontrar soluções que permitam dar resposta às necessidades existentes em termos de acessibilidades, mobilidade e transportes, entre as quais:
- definir níveis de serviço para diferentes tipos de ligações, em transporte público e individual;
- melhorar a acessibilidade de cada concelho aos principais equipamentos de saúde;
- intensificar a articulação entre os diferentes modos de transporte público /rodo e ferroviário);
- repartir novas propostas de infra-estruturas de amarração do sistema de transportes rodoviário às diferentes realidades urbanísticas e funcionais da área de estudo;
- intensificar o diálogo com os operadores, no sentido de aprofundar alguns segmentos e aspectos específicos do serviço e de promover determinadas componentes do serviço existente;
- intensificar o desenvolvimento do transporte urbano/local, melhorando o serviço público e a saúde económica das empresas transportadores;
O estudo teve inicio em 2008, no âmbito do qual se sucederam várias reuniões de trabalho, quer globais, quer parcelares, com todos os Municípios, e ainda com todos os operadores de transportes rodoviários com intervenção na Região Oeste, bem como com outras entidades relevantes na matéria, como o INIR – Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias, EP - Estradas de Portugal, REFER – Rede Ferroviária Nacional, RAVE – Rede Ferroviária de Alta Velocidade, CP – Comboios de Portugal e IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres. O Estudo sofreu algum abrandamento, tendo continuado em 2009, de modo a poder incluir as alterações e os contributos que decorreram do “processo de compensações” dado pelo Governo à Região Oeste, resultantes da transferência do Novo Aeroporto de Lisboa, da Ota para o Campo de Tiro de Alcochete.