Detalhe da Notícia
OesteCIM contra os novos tarifários de água e saneamento
15-10-2012
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No âmbito das suas competências o Conselho Executivo da OesteCIM deliberou expressar publicamente a sua posição através de uma Conferência de Imprensa.
No âmbito das suas competências o Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Oeste – OesteCIM, reunido no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche, no dia 11 de outubro, deliberou expressar publicamente a sua posição através de uma Conferência de Imprensa, relativamente ao aumento do tarifário de abastecimento de água e saneamento, proposto pela Águas de Portugal acionista maioritário da Águas do Oeste, SA para o ano de 2013.
Águas do Oeste - Tarifário 2013
"A “Água” é um bem comum, indispensável nas suas funções de suporte à vida e ao bem-estar humano.
De igual forma, as atividades de abastecimento público de água às populações, de saneamento e de gestão de resíduos sólidos urbanos revestem-se de carácter estrutural, sendo essenciais ao bem-estar geral, da saúde pública e a segurança coletiva das populações, bem como as atividades económicas e a proteção do ambiente.
No atual quadro de empobrecimento das populações e de recessão económica, a proteção do acesso aos bens fundamentais reveste uma acuidade acrescida.
Por isso, a intenção manifestada pela “Águas do Oeste” em aumentar em 3% o tarifário da água e, em especial, o grande aumento de 10% da taxa de saneamento, merece o mais vivo repúdio por parte dos Municípios do Oeste.
Esta proposta não é compreensível face ao aumento do volume de negócios apresentado pela “Águas do Oeste” que, refira-se é uma empresa auto sustentável e apresenta lucros.
A proposta apresentada pela “Águas do Oeste” também não encontra fundamento na necessidade de esta financiar novos projetos, uma vez que o investimento efetuado e a efetuar foi – e está – fortemente condicionado pela situação socioeconómica do País. Realçar que a “Águas do Oeste” não podem invocar a aplicação da estimativa inicial das tarifas, uma vez que nunca cumpriram adequadamente o plano de investimentos previstos para a generalidade dos Municípios da região Oeste.
Os Municípios do Oeste não podem aceitar a imposição de mais este sacrifício para os seus munícipes e, consequentemente, votaram contra este aumento, mesmo sabendo que a “Águas de Portugal” tem a maioria no Conselho de Administração.
Os Municípios do Oeste desafiam a Administração da “Águas do Oeste” em encontrar soluções de racionalização da sua gestão e não apoiar-se uma vez mais nos municípios e nos contribuintes para fazer pagar a sua estrutura.
Os Municípios do Oeste exigem que a “Águas de Portugal”, enquanto acionista maioritário da “Águas do Oeste”, reveja a sua posição."